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domingo, 23 de junho de 2013

COPA DAS CONFEDERAÇÕES

Uruguai goleia o Taiti por 8 a 0 e vira adversário do Brasil na semifinal

Equipe celeste jogou com time praticamente reserva e não teve qualquer dificuldade para vencer

O jogo entre Taiti e Uruguai ficará marcado com o dia em que a Arena Pernambuco abrigou o surreal. O time de amadores foi goleado por 8 a 0 pela Celeste. Mas nenhum gol foi comemorado. O estádio queria mesmo era que o time que tem contadores, desempregados, vendedores de celulares e até alpinistas fizessem um golzinho. Ele não veio. Ainda assim, os aplausos se multiplicaram. O cenário inusitado ofuscou a equipe de Oscar Tabárez, que se classificou para a semifinal da Copa das Confederações como adversário do Brasil.

O Taiti não vai esquecer. Como aconteceu nos outros dois jogos da primeira fase, a seleção ganhou a torcida. Contraditoriamente, a cada toque errado, a cada chute fraco. Tão logo o juiz apitou o começo da partida os gritos de olé foram para os comandados de Etaeta.  Eram apenas 33 segundos. Ali, já estava selado mais um pacto com a arquibancada. Mesmo que o cronômetro marcasse apenas um minuto de jogo, e Abel Hernández, de cabeça, já tivesse colocado o Uruguai a frente do placar.

A vantagem celeste foi esquecida pelo torcedor. A graça era vibrar com um raro drible certo ou uma defesa desajeitada do goleiro Meriel. O panorama do jogo deixava, portanto, qualquer tipo de lógica para trás. O Taiti atuava no 5-4-1 e todos eles se colocavam atrás da linha do meio-campo sempre que o Uruguai pegava na bola. Por mais que corressem, a retranca não adiantava diante de uma Celeste que começou o jogo com o time praticamente reserva.

Tão logo avançava o cronômetro, os gols se multiplicavam. Aos 23 e 45 minutos, Hernández ampliou sua estatística. Aos 46, Pérez confirmou a goleada que todos esperavam. Mas isso parecia detalhe para a torcida. Tanto que um dos lances mais comemorados do jogo foi uma defesa de pênalti do goleiro do Taiti. Logo aos quatro minutos da etapa final, Meriel se viu de frente com Scotti. O zagueiro chutou rasteiro no canto esquerdo. O arqueiro arriscou o lado certo. A Arena Pernambuco vibrou.

Foi mais uma injeção de ânimo na torcida, que voltou aos gritos de olé e também comemorou a expulsão descabida justamente de Scotti ao receber o segundo cartão amarelo. O quinto gol do Uruguai assinado por Lodeiro, aos 15 minutos, passou despercebido. Assim como o quarto tento de Hernández, de pênalti, aos 26, e os dois de Suárez, aos 36 e 45. Ao contrário da expulsão de Ludivion, do Taiti. Ele saiu de campo aplaudido de pé depois de receber o segundo amarelo. A lógica, definitivamente, nunca esteve ao lado desse time.


Uruguai


Martin Silva; Aguirregaray, Coates e Scotti; Eguren, Gargano, Pérez, Pereira, Ramirez (Suárez) e Lodeiro; Abel Hernández. Técnico: Oscar Tabárez

Taiti

Meriel; Simon, Jonathan Tehau (Atani), Vallar, Ludivion e Aitamai (Lemaire); Hnanyine (Tihoni), Vahirua, Caroine e Chong Hue; Tehau. Técnico: Eddy Etaeta


Local: Arena Pernambuco

Árbitro: Pedro Proencia (POR)

Assistentes: Bertino Miranda e José Trigo (POR)

Gols: Abel Hernandez (aos 1min, aos 23min e aos 45min do 1ºT; aos 26min do 2ºT); Pérez (aos 26min do 1ºT), Lodeiro (aos 15min do 2ºT), Suárez (aos 36min e aos 45min do 2ºT)

Cartões amarelos: Scotti, Gargano (U); Ludivion, Chong Hue (T)

Cartões vermelhos: Scotti (U), Ludivion (T)


Diario de Pernambuco

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