As gerações no meio das multidões
Luiz Joaquim e Tito Vieira esperam reviver as boas lembranças do passado nesta decisão |
Santa e Sport começam a decidir mais um título do Pernambucano neste domingo
Treze das 22 finais disputadas entre Santa Cruz e Sport, aconteceram a partir dos anos 1970. Daí em diante, os rivais se tornaram os principais protagonistas do Pernambucano, pintando as décadas com as suas cores. Domínio que terá mais um capítulo escrito a partir deste domingo. No Arruda, tricolores e rubro-negros decidem o título estadual pela 23ª vez. Uma taça que vale a manutenção da atual dinastia coral, ou o início da retomada leonina em busca da hegemonia em mais uma década.
Um passado que se encontra no presente. Mais do que torcedores, nas arquibancadas da final do PE2013 haverá testemunhas de períodos áureos dos dois times. Pessoas que se tornaram fãs das antigas gerações. Há ambém personagens que deram a sua contribuição para a história. Começando pelos torcedores natos.
Por pouco, o Santa Cruz não igualou o feito do Náutico logo depois do hexa alvirrubro. O sexto título não veio, mas a boa fase entrou pela década de 1980. Lembranças guardadas com carinho pelo tricolor Luiz Joaquim da Silva. Aos 74 anos, ele exalta, orgulhoso, os feitos corais daquela época. “Como esquecer nosso tri-supercampeonato? Fomos vencedores numa época em que o futebol era muito diferente do que vemos hoje”, recordou. “Era menos raça e mais classe. Menos dinheiro e mais amor. Ali, era na base da camisa”, acrescentou.
Mesmo conhecendo algumas histórias da era romântica do futebol, o estudante Tito Vieira de Melo não teve a oportunidade de vivenciá-las, a não ser através das recordações de seu pai. O que não o impede de colecionar as próprias recordações. “Minha mãe é alvirrubra, mas não tinha como eu não ser rubro-negro. Eu nasci em novembro de 1995 e no ano seguinte o Sport emendou a sequência do primeiro penta”, lembrou, antes de alfinetar os rivais. “Apesar de eu só ter 17 anos, vi meu time ser penta duas vezes. E não vou nem falar da Copa do Brasil”, brinca.
Mas Tito sabe que a vantagem atualmente é do rival, que vai em busca do tricampeonato. Fato que seu Luiz faz questão de lembrar. “Esse negócio de ter o elenco mais caro não quer dizer muita coisa. Afinal de contas, o Sport é o meu bi-vice”. O rubro-negro também mostrou confiança, lembrando do Pernambucano de 2006. “Naquele ano, a gente vivia uma má fase e eles estava sozinhos na Série A. E foi justamente com aquele título que as coisas voltaram ao normal.”
Diario de Pernambuco
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