Fôlego de sobra no Sport
Preparo físico pode estar fazendo a diferença a favor dos jogadores rubro-negros
Lucas Lima aproveita um vacilo de Elicarlos. Rouba a bola e passa para Felipe Azevedo. Dentro da área, o atacante divide a bola com Alemão e garante a vitória rubro-negra sobre o Náutico, no clássico do último domingo. O cronômetro marca 37 minutos de jogo da etapa final. Essa foi a última prova de que o fôlego da equipe rubro-negra está em dia e engrossa as estatísticas. Dos dez gols marcados pela equipe no Campeonato Pernambucano Coca-Cola, seis foram no segundo tempo. Mais: três deles ainda saíram nos 15 minutos finais.
O número de gols sofridos pela equipe também retrata esse bom momento físico do time. Das seis vezes em que foi vazado na competição, o time rubro-negro tomou apenas dois tentos na segunda etapa. “Eu acho que foi o planejamento feito. Todos os atletas têm feito o que a gente pediu. Também têm nos ajudado fora de campo com alimentação e descanso”, disse o preparador físico Eduardo Baptista, que também ressalta o poder de concentração do time.
Para o especialista, a pré-temporada leonina realizada no começo do ano, em Maceió, foi outro ponto importante para o elenco ficar nivelado fisicamente. “Uma coisa fundamental nessa pré-temporada foi porque não há atleta lesionado. Isso é importante porque a gente não precisa recondicionar nenhum jogador, com exceção de Rodriguinho, que já vem de um período longo de inatividade”, declarou.
Outro ponto importante para o Sport estabelecer um bom ritmo de jogo tem sido as condições estabelecidas para a rotina de treino. Ontem, a equipe simulou o ambiente de próximo duelo com o Ypiranga. Treino sob forte calor. A temperatura, medida com termômetro do fisiologista Inaldo Freire, foi de 41 graus Celsius, enquanto o ideal para atletas de alto rendimento é variar entre 18 e 25 graus. “É importante fazer os jogadores treinarem mais ou menos nas condições em que irão encontrar nos jogos. Agora, a recomendação é para se alimentarem bem, comerem bastante frutas e descansarem”, disse.
Esgotados após a movimentação, os jogadores reconheceram a importância da intensificação nos exercício físicos. “É um calor muito grande. Dificulta treinar nessa temperatura. A gente sabe que em determinados jogos do interior a temperatura é parecida. Então é importante treinar assim para a gente conseguir jogar sem sentir muito. Mas se acostumar, a gente não se acostuma porque é muito calor”, observou Magrão.
Diario de Pernambuco
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