A derrota que estava escrita no Arruda
Ainda jogando mal e, desta vez, sem conseguir um "gol salvador", Santa é derrotado pelo Salgueiro
Uma hora, a derrota viria. O Santa Cruz não vinha apresentando um futebol convincente. E ontem, diante do Salgueiro, não foi diferente. Desta vez, não teve gol salvador ou Dênis Marques para decidir. O Carcará venceu por 1 a 0 com justiça, colocando fim à invencibilidade da equipe coral, que também perde a liderança do Campeonato Pernambucano. Fecha a rodada na quarta posição, com seis pontos.
O Santa Cruz até iniciou o jogo com uma postura correta. Sabendo do estilo do Salgueiro, que sempre joga bem fechado, o Tricolor tentou tocar a bola e assim ia chegando o ataque. O problema é que isso mudou passados 15 minutos de partida. A equipe coral começou a errar demais os passes, não conseguindo chegar ao ataque.
A principal dificuldade do Santa Cruz era a transição de bola. Luciano Sorriso, Éverton Heleno e Natan não conseguiam armar as jogadas. Como a bola não chegava, Dênis Marques e Flávio Caça-Rato passaram a vir até o meio para buscar o jogo, fazendo o papel dos meias. Sem a característica de criatividade, porém, não conseguiam levar as jogadas à frente.
Da metade para o final do primeiro tempo, o Carcará foi superior ao Tricolor, até criando mais oportunidades de abrir o placar. O segundo tempo começou com as equipes um pouco mais abertas. O Santa Cruz, porém, com a mesma dificuldade na criação das jogadas. O Salgueiro não. Logo aos 9 minutos, Elvis deu um lindo toque de letra para Peri, que entrou livre na área. De frente com Tiago Cardoso, ele tocou de lado para Fabrício Ceará marcar o gol.
O gol do Salgueiro desencadeou a insatisfação da torcida do Santa Cruz. O técnico Marcelo Martelotte teve que ouvir gritos de “burro”. Atrás do placar, enfim, o treinador mudou a equipe. Tirou Éverton Heleno, para colocar Jefferson Maranhão. O time melhorou, mas o Carcará se fechou mais ainda e se defendeu como pôde. O gol de empate não veio.
Diario de Pernambuco
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