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terça-feira, 26 de março de 2013

SANTA CRUZ - LIMITAÇÕES DO ELENCO


Com substituições previsíveis, Martelotte escancara as limitações táticas do Santa

RICARDO FERNANDES/DP/D.A PR
Substituição são desaprovadas pela torcida

Técnico tricolor vem sendo questionado pelos torcedores em todas as partidas do time



Segundo tempo do jogo com o Petrolina. A partida seguia empatada em 0 a 0. O técnico Marcelo Martelotte chamou dois jogadores que aqueciam para entrar. O lateral direito Nininho e o meia Renatinho, que já era pedido pela torcida há algum tempo. Eles entram nos lugares de Everton Sena e Raul, respectivamente. A resposta das arquibancadas: vaias. Não para os atletas. Mas para o treinador. O alvo foi confirmado quando os gritos de “burro” vieram, logo em seguida.

Os torcedores não aprovaram as substituições de Martelotte. Não foi a primeira vez. Em outros jogos no Arruda as mesmas críticas surgiram. É um dos principais pontos de contestação ao trabalho do treinador. As trocas geralmente são previsíveis, mas o pior é que dificilmente ele faz uma alteração que mude radicalmente a postura da equipe. Em alguns casos, isso é necessário. Como na partida com o Petrolina, que estava completamente fechado na defesa. O placar marcava 0 a 0 e o técnico insistiu em manter o esquema.

Uma análise nas substituições feitas por Martelotte nas oito partidas do Santa Cruz neste PE2013 e a conclusão é que realmente o treinador dificilmente mexe no esquema do time durante os jogos. As trocas, em sua grande maioria, são por jogadores da mesma posição. Ele faz isso mesmo quando o time precisa do resultado. O principal exemplo é a partida com o Salgueiro. Atrás do placar, as substituições feitas foram Jefferson Maranhão no lugar de Everton Heleno, Everton Sena na vaga de Marquinho e Philco no de Flávio Caça-Rato.

Opções
No último jogo, contra o Petrolina, a história se repetiu. Nenhuma mudança tática. Mesmo assim, Martelotte insistiu que as alterações feitas mudaram a postura da equipe. Na visão dele, a entrada de Nininho na vaga de Everton Sena, que atua improvisado como lateral direito, deu mais ofensividade ao time, enquanto Renatinho aumentou a mobilidade em relação a Raul, um meia mais parado. Já Netto, que entrou no lugar de Flávio Caça-Rato, foi a opção por um jogador de área.

A falta de opções no elenco é um problema recorrente e pode servir, em parte, como justificativa para Martelotte. Daqui para frente, não mais. A volta de Renatinho e a chegada de Raul trazem alternativas para o meio-campo. No ataque, Netto teve a primeira chance no último jogo e mostrou que merece a confiança do treinador, que tem insistido em Caça-Rato como titular e Danilo Santos como substituto.


Diario de Pernambuco

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