Santa Cruz ignora favoritismo alvirrubro e atropela Náutico no Clássico das Emoções
Mais uma vez, o Náutico entrava num clássico como favorito. E, como no jogo com o Sport, o Timbu assistiu o adversário jogar e saiu da partida derrotado e cheio de dúvidas sobre o que os alvirrubros realmente podem produzir. A derrota para o Santa Cruz naquele que pode ter sido o último Clássico das Emoções nos Aflitos abalou sensivelmente a confiança do time. Os tricolores, por outro lado, mostraram que a busca pelo tricampeonato não é tão difícil como parecia. Não por acaso, os comandados de Martelotte encerraram um tabu de oito partidas sem vencer nos Aflitos e de quebra, garantiram uma vaga nas semifinais do Pernambucano. Vaga que o time da casa também assegurou apesar da derrota.
Como acontecera no jogo contra o Sport, aos cinco minutos, a torcida alvirrubra já havia levado dois grandes sustos. O primeiro, em cobrança de escanteio desviada no primeiro pau. A cabeçada de César Lucena, porém, saiu pela linha de fundo. Em seguida, Dênis Marques lançou Renatinho, que aproveitou a falha da linha de impedimento timbu e entrou cara a cara com Felipe. O baixinho, entretanto, pegou mal ao tentar encobrir Felipe, desperdiçando uma grande chance.
Os lances acordaram o time do Náutico, que apertou a marcação e conseguiu equilibrar as ações entre as intemediárias. E em sua primeira investida, Elton esteve bem perto de deixar sua marca. Após o chute de Rogério, Tiago Cardoso rebateu a bola para a frente. No susto, o artilheiro do Pernambucano tentou bater de primeira, mas não acabou finalizando para fora.
Com duas propostas ofensivas em campo, o clássico fazia juz ao seu nome. E como o sistema defensivo alvirrubro batia cabeça, as melhores oportunidades eram tricolores. Em duas jogadas sequidas, o Santa esteve muito perto de abrir o placar. Primeiro, com Dênis Marques, finalizando displicentemente em cima de Felipe, e depois, com Renatinho desperdiçando um rebote com um chute em cima de Alison, que já estava no chão.
Mesmo diante do sufoco que sua equipe tomou durante grande parte da etapa inicial, Mancini preferiu voltar do intervalo sem qualquer alteração. E, como era de se esperar, a pressão tricolor continuou. Em uma delas, Natan foi até a linha de fundo, driblou Elicarlos, invadiu a grande área e tocou para Raul, que bateu de primeira. Batido, Felipe apenas observou a bola tirar um fino da trave.
Depois desse lance, o comandante alvirrubro finalmente resolveu mexer no time, colocando o meia Vinícius Pacheco na vaga de Auremir, com o objetivo de melhorar o volume de jogo timbu no meio de campo e apertar a saída de bola coral. Com isso, de fato, o Náutico finalmente conseguiu equilibrar as ações. E por pouco, não abriu o placar. Em duas jogadas seguidas, Tiago Cardoso fez defesas arrojadas. Primeiro, interceptando um passe de Pacheco para Elton, e depois, parando um chute do artilheiro do Estadual.
Mas apesar de ter diminuído o ritmo, o Santa Cruz não havia desistido de buscar a vitória. E as mudanças de Martelotte voltaram a deixar os tricolores no comando das ações. Numa jogada pela direita, Nininho lançou Natan, que aproveitou-se da posição de impedimento e da falha de cobertura de Alemão para entrar cara a cara e tocar na saída de Felipe. O gol mexeu de vez com a confiança da frágil zaga timbu, que voltou a falhar logo depois. Com um belo passe, Jefferson Maranhão deixou Dênis Marques no mano a mano com Alison, que errou o bote e assistiu o atacante decretar a vitória coral.
Local: Estádio dos Aflitos.
Árbitro: Gleydson Leite.
Assistentes: Clóvis Amaral e Wlademir Lins.
Gol: Natan e Dênis Marques (N)
Cartões amarelos: Douglas Santos, Martinez, Alemão (N), Raul, William Alves, Luciano Sorriso e Tiago Costa (S).
Público: 15.677.
Renda: R$ 267.300,00.
Náutico
Felipe; Auremir (Vinícius Pacheco), Alemão, Alison e Douglas Santos; Elicarlos, Martinez, Rodrigo Souto e Marcos Vinícius (Renato); Rogério e Élton. Técnico: Vágner Mancini.
Santa Cruz
Tiago Cardoso; Everton Sena, César, Willian Alves e Tiago Costa; Tozo, Luciano Sorriso (Nininho), Raul (Jefferson Maranhão), Natan (Léo) e Renatinho; Dênis Marques. Técnico: Marcelo Martelotte.
Diario de Pernambuco
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