Reunião no Ministério Público discute medidas contra violência nos estádios
Organizadas estão impedidas de entrar nos
estádios por 60 dias (Foto: Aldo Carneiro)
estádios por 60 dias (Foto: Aldo Carneiro)
Fica proíbida a realização de mais de um jogo por dia em cada cidade e integrantes de torcidas organizadas terão que ser cadastrados
Representantes do Ministério Público, Juizado do Torcedor, Federação Pernambucana de Futebol e Secretarias de Esportes e Defesa Social se reuniram nesta segunda-feira pela manhã, na sede do Ministério Público, no Recife, para discutir os últimos casos de violência envolvendo torcedores no estado e tomar providências que coíbam novos incidentes.
Após o encontro, ficou decidido que será proibida a realização de mais de um jogo por dia em cada cidade para evitar confronto entre torcidas. A Federação Pernambucana de Futebol também vai pedir a suspensão das organizadas nos estádios até que todos os torcedores integrantes sejam cadastrados, em um prazo de 60 dias.
- A questão não é acabar com as organizadas e sim, com a violência nos estádios de futebol e nos grandes eventos. Em 60 dias, o governo do estado vai apoiar o cadastramento das torcidas organizadas e só vai entrar nos eventos quem estiver cadastrado. Como maus elementos não se cadastram, não vão ter acesso - disse o procurador-geral do Ministério Público de Pernambuco, Aguinaldo Fenelon, antes de completar
Após o encontro, ficou decidido que será proibida a realização de mais de um jogo por dia em cada cidade para evitar confronto entre torcidas. A Federação Pernambucana de Futebol também vai pedir a suspensão das organizadas nos estádios até que todos os torcedores integrantes sejam cadastrados, em um prazo de 60 dias.
- A questão não é acabar com as organizadas e sim, com a violência nos estádios de futebol e nos grandes eventos. Em 60 dias, o governo do estado vai apoiar o cadastramento das torcidas organizadas e só vai entrar nos eventos quem estiver cadastrado. Como maus elementos não se cadastram, não vão ter acesso - disse o procurador-geral do Ministério Público de Pernambuco, Aguinaldo Fenelon, antes de completar
Fenelon foi duro nas palavras e garantiu que Pernambuco será reconhecido nacionalmente por conseguir extinguir os maus elementos dos estádios de futebol.
- Pernambuco é pioneiro nisso. Em nenhum outro Estado existem varas especializadas no combate ao crime. Acredito que Pernambuco será destaque no país no combate à violência nos estádios de futebol. Quem é bandido vai para a cadeia. Vamos agir duro e vamos retirar os vândalos dos estádios em Pernambuco.
Durante este período, o Juizado do Torcedor será transformado em Vara. Também serão criadas uma promotoria especializada e a Delegacia de Intolerância para apurar os crimes mais graves envolvendo torcedores. O secretário geral de Defesa Social, Wilson Damásio, especificou essas e outras medidas que vão ser tomadas e que ficaram decididas após a reunião.
- A reunião foi muito produtiva e determinada pelo Governador Eduardo Campos. Temos muitas propostas e algumas delas estarão em vigor até o final de semana, como por exemplo um protocolo operacional para que a polícia, a Secretaria de Defesa Social, o Consórcio de transporte público Grande Recife, a Federação Pernambucana de Futebol e a Prefeitura trabalhem juntos para que evitemos ônibus lotados e mudar intinerários para que uma torcida passe não passe na frente da outra. Existe um compromisso aqui para que não exista mais dois jogos no mesmo dia na cidade do Recife. Vamos criar uma vara especializada em delitos no esporte, criar uma delegacia contra a intolerância no esporte, por parte da Polícia Civil. E isso vai ser usado imediatamente, com a atribuição que será dada a Delegacia do Turismo.
Já Ailton Alfredo, do Juizado do Torcedor, foi direto. Disse que é a favor da extinção das torcidas organizadas, mas que tudo tem que ser feito com a cautela necessária dentro das leis de Direito.
- Eu sou defensor dessa briga desde que eu entrei no Juizado. Sou a favor da extinção desses grupos violentos, chamem de torcida organizada ou do que quiserem. Agora, dentro do Direito, é preciso fazer um inquérito e reúna provas concretas para que possamos extinguir isso. É um processo lento, mas tem que ser permanente.
GLOBOESPORTE.COM
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