Tem que acabar
Briga entre organizadas no Centro do Recife reforça a necessidade de medidas mais drásticas
Os limites foram todos extrapolados. Numa segunda-feira. Não era dia de futebol. Nem havia um estádio por perto. O que não impediu as torcidas organizadas Fanáutico e Jovem instalarem o pânico no Centro do Recife. Um confronto na Rua da União. A prova de que o futebol é apenas uma desculpa, um pretexto para a rixa entre grupos rivais que de torcedores não têm nada.
Segundo informações, a confusão tratou-se de um revide. Pela manhã, a Jovem teria tentado invadir a sede da rival Fanáutico, no Edifício Tabira, na Avenida Conde da Boa Vista. À tarde, o troco: alvirrubros, junto com membros aliados de uma organizada do Botafogo, que veio ao Recife acompanhar a partida contra o Sport, no domingo, foram para frente do prédio onde fica localizada a loja dos rubro-negros, no Edifício São Cristóvão, na Rua da União.
O cenário foi de guerra. Segundo relataram testemunhas, mais de 20 integrantes da Fanáutico e da organizada do Botafogo encararam um grupo de número equivalente da Jovem. Armaram-se com o que viram pela frente. Com metralhas encontradas na rua e barras de ferro. A via pública virou cenário de um confronto que durou alguns minutos. As pessoas, em pânico, correram para longe. Os comerciantes desesperados fecharam as portas das lojas. A polícia foi acionada e chegou 15 minutos depois. A confusão seguiu. Explosões foram ouvidas.
O mais impressionante é que a confusão foi anunciada pelo Twitter. Em sua conta oficial (@Ofici_Fanautico), a Fanáutico relatou, às 14h28, a tentativa da rival Jovem em invadir sua sede e prometeu o troco: “Vai ter volta”.
A briga teve início, de acordo com as testemunhas, por volta das 17h30. Não houve registro na internet de manifestações da Jovem – os comentários nas comunidades no Orkut das duas organizadas são fechados para membros. A reportagem do Superesportes tentou entrar em contato com representantes das duas torcidas. Nenhum deles foi localizado. Os telefones fixos das lojas chamaram, mas ninguém atendeu.
Diario de Pernambuco
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