Pênalti salvador
Gol da vitória do Santa Cruz foi aos 48 do 2º tempo, com Dênis Marques, que já havia feito um
Há muito tempo, a palavra “sufoco” faz parte da rotina do Santa Cruz. Mesmo quando tudo parece controlado, como a partida de ontem, o time insiste em dificultar a situação. Mas a alcunha “time de guerreiro” não surgiu por acaso. Junto com a torcida, o time venceu o vice-líder Luverdense por 2 a 1, com dois gols do artilheiro Dênis Marques (sempre ele!), e subiu para a terceira colocação do grupo A. O domingo está reservado à festa e “secação”. Hora de torcer contra Icasa e Paysandu para ficar no G4.
O primeiro susto da partida não surgiu com lance de gol. Ao travar uma disputa de cabeça com Fio, o zagueiro coral Vágner caiu desacordado em campo e deixou o estádio de ambulância. Lúcido, porém tonto. Com um exótico moicano, César entrou em ação e finalmente fez a estreia com a camisa tricolor. Só aos 11 minutos, o jogo teve um chute a gol. Willian Alves defendeu o arremate de Dênis Marques. Quatro minutos depois, entretanto, o atacante acertou a mira. Cruzamento de Tiago Costa, cabeceio do Predador: 1 a 0. Décimo gol de Dênis Marques, artilheiro da Série C.
Em busca do empate, o Luverdense partiu para o “abafa”. Aos 25, o árbitro marcou falta a um passo da área tricolor. O time matogrossense reclamou de pênalti. Na cobrança, Rubinho exigiu grande defesa de Tiago Cardoso. Aos 36, foi a vez do Santa Cruz se queixar de uma penalidade não assinalada sobre Dênis Marques. Instantes depois, por pouco o Predador não marcou um golaço. Após fazer “fila”, carimbou o travessão. Aos 40, Memo perdeu um dos gols mais feitos do campeonato. Livre, com a barra escancarada, chutou em cima do goleiro.
O segundo tempo trouxe um panorama diferente. O Santa Cruz voltou apático. Facilmente dominado e muitas vezes displicente, como um toque desnecessário e errado de Sandro Manoel, o time sofreu pressão. Por duas vezes, o meia Rafael Tavares fez Tiago Cardoso operar milagre e relembrar os tempos de auge do “Paredão”. O Tricolor respondeu com um arremate de Renatinho, após passe de Tiago Costa.
Perto dos 30 minutos, a situação pareceu desandar. Leozinho, irresponsavelmente por incitar uma briga, foi expulso. Poderia se tornar vilão, mas teve sorte, pois, logo em seguida, Régis também levou cartão vermelho. Ambos ficaram com dez em campo.
Foi quando o drama entrou em cena. Primeiro, com Gilson, acertando a trave da meta coral. Aos 44, Valdir Papel, de cabeça, livre de marcação após cruzamento de Raul Prata, silenciou o Arruda: 1 a 1. Daí, sucedeu-se o desespero. Fabrício Ceará entrou e, prontamente, também acertou a trave. Aos 48 (sim, 48!), Fabrício tocou, Weslley cruzou, Dênis Marques foi puxado. Pênalti. O estádio voltou a explodir de alegria. Ainda comedida. Só quando o Predador bateu e marcou o 11º gol nesta Série C, veio a festa definitiva. Fim de jogo. Haja coração!
Diario de Pernambuco
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