Brasil joga mal, mas vence África do Sul em amistoso
Placar foi de 1 a 0 para o Brasil no Morumbi
Hulk fez um gol no segundo tempo e conseguiu dar a vitória ao país
O futebol não agradou os torcedores que foram ao Morumbi, mas a seleção brasileira conseguiu a vitória sobre a África do Sul por 1 a 0, nesta sexta-feira (7), em amistoso disputado em São Paulo. Sem brilho e sob vaia durante boa parte do confronto, os comandados de Mano Menezes precisaram do solitário gol de Hulk, no segundo tempo, para triunfar.
O resultado, no entanto, não deve diminuir a pressão sobre o treinador, que ainda sofre com a perda da medalha de ouro na Olimpíada de Londres para o México. Para que isso aconteça, será fundamental uma vitória convincente sobre a China, segunda-feira às 22 horas, no Estádio do Arruda, no Recife, também em amistoso.
Marcado para as 15h45, o jogo desta sexta só começou depois das 16 horas. Os sul-africanos estavam com uniforme verde com detalhes amarelos, o que impediu que a seleção brasileira vestisse sua tradicional camisa amarela, substituindo-a pela azul. Depois, foi a faixa de capitão de David Luiz que deu problema, justamente por ser da mesma cor que o segundo uniforme brasileiro. Por fim, a camisa de Marcelo, rasgada na lateral, precisou ser trocada.
A torcida mostrou a pressão que faria sobre a equipe brasileira logo no início. Antes mesmo dos primeiros dez minutos, os gritos no Morumbi pediam a presença de Luis Fabiano, não convocado por Mano Menezes para estes amistosos. A insatisfação aumentou com a primeira chance sul-africana, com Gaxa, que tabelou pela direita entrou na área sozinho e só não marcou porque Diego Alves saiu bem e fechou o ângulo.
O Brasil só chegou aos 16 minutos, em uma jogada de bola parada. Oscar cobrou falta da intermediária, pela direita, na cabeça de Dedé, que cabeceou forte, mas no meio do gol, o que facilitou o trabalho de Igesund. Faltava criatividade aos comandados de Mano Menezes, que encontravam dificuldade para furar o bloqueio sul-africano.
Logo esta dificuldade gerou vaias da torcida, o que parecia deixar os jogadores ainda mais nervosos. Nas poucas chances criadas, os brasileiros eram sempre atrapalhados pelo adversário como aos 26 minutos, quando Neymar ia finalizar na pequena área mas Gaxa impediu.
A forte marcação sul-africana fez com que o Brasil passasse a arriscar de fora da área. Foi desta forma que Rômulo quase marcou, aos 33 minutos. O fraco futebol da seleção só fez a pressão da torcida aumentar e se voltar contra o maior alvo dos últimos tempos: o técnico Mano Menezes, que no fim do primeiro tempo ouviu os gritos de "adeus, Mano". Tudo isso seria amenizado se Neymar não tivesse perdido gol feito aos 42 minutos quando recebeu grande lançamento e chutou em cima de Igesund.
As vaias da torcida geraram reações diferentes nos jogadores ao fim do primeiro tempo. "A gente não tem que se preocupar. Sabemos que vamos jogar aqui e eles (torcedores) vão cobrar, precisamos ter personalidade. Se eles não quiserem colaborar, todos nós vamos passar vergonha", disse Daniel Alves. "Também não gostamos do primeiro tempo, então o torcedor não vai gostar" apontou Leandro Damião.
O segundo tempo começou ruim para a seleção. Aos 4 minutos, Parker arrancou pela direita, passou por David Luiz e cruzou. O primeiro gol da partida só não saiu porque Dedé cortou. A resposta veio aos 10 minutos, quando Leandro Damião recebeu bom passe de Oscar, mas bateu para fora.
Quando os gritos de "adeus, Mano" voltavam a ser entoados da arquibancada, o Brasil abriu o placar, aos 29 minutos. Depois de cobrança de escanteio, David Luiz foi lançado na esquerda. Ele bateu em cima de Igesund e a bola sobrou para Hulk, que ganhou do zagueiro e encheu o pé para fazer 1 a 0.
Mais leves com a vantagem e com o apoio da arquibancada, que passou a gritar "Brasil" após o primeiro gol, os jogadores brasileiros se soltaram em campo. Com isso, as chances passaram a acontecer. Aos 32 minutos, Hulk cruzou na cabeça de Neymar, que exigiu grande defesa do goleiro adversário. Cinco minutos depois, Paulinho apareceu de surpresa e também levou perigo. No fim, mesmo com a vitória, a seleção deixou o campo sob vaias.
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