Faz de conta que é promoção
Torcedor tricolor vai comprar um ingresso e ganhar dois, mas para isso pagará R$ 30, inclusive o sócio
Aumentar o preço dos ingressos para tentar elevar a arrecadação e quitar os salários atrasados, ou baratear para juntar mais tricolores e, consequentemente, mais apoio? A diretoria tricolor se reuniu ontem para definir a melhor estratégia ao jogo do próximo domingo, contra o Cuiabá, tido como chave para a classificação à próxima fase. E chegou a um meio-termo: preço único de R$ 30, mas à base do esquema
“compre um, leve dois”. Promoção casadinha para a massa coral lotar o Arruda. As vendas vão começar hoje, a partir das 14h. Mas, apesar de soar interessante para uns, muitos podem pagar a conta do “bônus”.
O sócio ou o torcedor da geral interessado em ir sozinho ao Arruda vai ter prejuízo: ao contrário do habitual desconto de 50%, vai pagar o valor integral. A casadinha é válida para ingressos de inteira, a três setores: social e os aneis superior (geral) e inferior. A meia-entrada (estudante, professor, idoso…) continua por R$ 15. Para tentar compensar o dano ao associado, o clube permitiu estender o bilhete extra para um não-sócio. Já os dependentes podem garantir a entrada por R$ 15. Os guichês do Arruda ficam abertos até as 18h. A expectativa é de casa cheia, algo em torno de 40 mil espectadores. “Fizemos a promoção para encher o estádio e fazer pressão ao adversário. Um verdadeiro caldeirão”, afirmou o diretor de futebol tricolor Constantino Júnior, antes de explicar outra necessidade do clube. “Com a renda, o pensamento é de quitar os salários atrasados (a folha de agosto)”, concluiu.
Além da novidade para a torcida, o time contou com surpresa durante o treino de ontem. O zagueiro Leandro Souza, afastado desde a decisão do Estadual para uma cirurgia no ombro, trabalhou normalmente ao longo do “mini-coletivo”. O goleiro Tiago Cardoso demonstrou estar 100% apto para a partida, diferente das últimas rodadas, quando voltou a sentir uma lesão muscular. Quatro atletas se ausentaram das atividades no campo e se restringiram a trabalhos na academia do clube, por apresentar alto grau de CK (mecanismo capaz de avaliar a fadiga muscular e a iminência de contusão): os laterais Diogo e Renatinho, o zagueiro Édson Borges e o atacante Flávio Caça-Rato.
Situação mais delicada vive Natan. Afastado há quase três meses, por uma lesão na coxa direita, o atleta coral convive em meio a uma ingrata rotina: mais de cinco contusões graves nos últimos dois anos. O meia está em São Paulo, onde realizou uma biópsia com o especialista em patologias neuromusculares Beny Schmidt. Quando voltar ao Recife, Natan vai passar por mais trabalhos específicos.
Diario de Pernambuco
Nenhum comentário:
Postar um comentário