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terça-feira, 21 de agosto de 2012

SPORT - TODO MUNDO GOSTOU


Bem ao estilo paizão

Edvaldo Rodrigues/DP/D.A Press

No primeiro treino como técnico do Sport, Waldemar Lemos contagia elenco com descontração



Não há como negar. O nome de Waldemar Lemos não era exatamente o que a torcida do Sport esperava para assumir a árdua missão de tirar o time do buraco em que se meteu. Por isso, muitos esperavam ansiosos pelas primeiras palavras do treinador. A expectativa era de que o anúncio do projeto pudesse alimentar as esperanças de que dias melhores estão por vir. Mas não foi bem assim. Com um discurso confuso, o novo treinador apenas conseguiu passar a mensagem de que não faltará empenho. Mas à medida em que a escuridão tomava a Ilha do Retiro, uma luz projetou-se para iluminar o otimismo rubro-negro. Com uma atitude vibrante, o técnico contagiou os atletas durante um longo treinamento que só acabou por volta das 18h30.

Ainda que tivesse alcançado um altíssimo índice de rejeição pouco antes de ser demitido, Vágner Mancini vinha trabalhando intensamente em busca de uma solução para as inúmeras falhas de seus sistemas defensivo e ofensivo. Testou peças e esquemas diferentes e trabalhou a parte psicológica do grupo, certo de que o grande problema rubro-negra era a falta de confiança do elenco leonino. Por isso, Waldemar Lemos foi questionado sobre a fórmula que pretendia utilizar para tirar o Sport da perigosa posição na zona de rebaixamento.

A resposta, porém, apenas levantou mais questionamentos sobre sua capacidade de evitar a queda. “Vou fazer o máximo para dar seguimento ao trabalho que vem sendo desenvolvido. Não só este ano, mas ao longo da vida do Sport”, pontuou. Mais tarde, ao ser lembrado que o trabalho recente foi longe de ser considerado satisfatório, o treinador tentou se justificar. “Vou dar continuidade, mas vou cobrar as minhas coisas dentro do padrão Sport. E criar um novo padrão Sport. Não vamos repetir tudo, mas através do trabalho vamos procurar ser diferenciados.”

Mais tarde, conversas com alguns jogadores e com um dirigente deixaram claro que a escolha por Waldemar foi baseada na capacidade de o treinador motivar o elenco. De recuperar a autoestima leonina. “Sempre fui meio paizão. Mas isso quer dizer que eu trato as pessoas da maneira correta. Preciso de todos com muita disposição. Vocês sabem que eu trabalho bastante. Algumas vezes, até na casa dos jogadores”, acrescentou, em referência à sua preocupação com as questões extra campo.

Quando subiu para o gramado da Ilha, Waldemar deparou-se com um bom número de torcedores, distribuídos no setor de sociais do estádio, e foi aplaudido. Liberando os atletas que enfrentaram o Fluminense no sábado para um treino regenerativo, o novo comandante leonino coordenou um forte trabalho técnico com o restante do elenco. Gritando e gesticulando bastante, o treinador aplicou prendas àqueles que falhavam nos objetivos traçados – inclusive os demais membros da comissão – e contagiou o grupo. A movimentação terminou de maneira vibrante. Fio de esperança.


 Diario de Pernambuco

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