Só falta o gol, Rhayner!
Atacante vem fazendo bons jogos, mas ainda não conseguiu balançar as redes
A cena não aconteceu em apenas um jogo. Foi em vários. Rhayner arranca de trás, dribla um, dois, três adversários e fica, sozinho, frente a frente com o goleiro. Na hora de colocar um fim na bela jogada, vem a decepção. O chute passa longe ou vai nas mãos do goleiro. A frustração não fica somente com a torcida. O próprio jogador se cobra. Sabe que tem desperdiçado grandes chances.
Atuando desde o início o Brasileiro, Rhayner não conseguiu desencantar. Não marcou um gol sequer pelo Náutico. O que não significa que ele não venha jogando bem. Pelo contrário. Para alguns, vem sendo o melhor jogador do Timbu nos últimos jogos. Marca, corre, chega ao ataque. Está em todos os setores do campo. Com seus 21 anos, se falta experiência, sobra saúde. É o fator surpresa do time, se aproveitando da maior visibilidade dos adversários em Kieza e Araújo.
Tem tudo para deslanchar. Mas sente que falta alguma coisa. E está. O gol, o fechamento daquela jogada. Rhayner não teve como negar que está ansioso por marcar. Não é nem a função dele em campo. Inicialmente apresentado como atacante, no esquema do técnico Alexandre Gallo vem atuando como o meia que o time não tem. As oportunidades vêm aparecendo. Mas na hora de aproveitá-las...
A cobrança existe. Da torcida. Dele mesmo. Rhayner sabe que isso pode atrapalhar. Por isso, procura treinar e esquecer da pressão. “Estou me cobrando muito. Tento melhorar essa falha, mas espero que, daqui para a frente, possa fazer mais gols. Fico ansioso às vezes, mas sei que isso só atrapalha. E que se ficar com isso na cabeça vai ser pior para mim, porque vou perder o foco no jogo”, comentou o jogador.
Retorno
Os jogadores que participaram da vitória sobre o São Paulo folgaram ontem. Hoje, voltam ao trabalho, já visando ao jogo de amanhã, diante do Bahia, nos Aflitos novamente. Uma das novidades no grupo que vai para a partida será o volante Dadá, que teve a contratação confirmada ontem. Regularizado, deve concentrar e ir, pelo menos, no banco de reservas.
Diario de Pernambuco
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