Clássico terá peso distinto na Ilha
Náutico enfrenta a equipe leonina com nove pontos à frente
O Sport fechou a 13ª rodada com um ponto de vantagem sobre o Náutico. Em cinco jogos tudo mudou. Neste domingo, o Timbu chega à Ilha do Retiro nove pontos à frente. Nem o mais pessimista rubro-negro ou o mais otimista alvirrubro poderiam projetar tamanho abismo. É a segunda maior diferença entre rivais na Série A. Perde apenas para os 15 pontos impostos pelo Atlético/MG sobre o Cruzeiro. Não dá para negar que o Clássico dos Clássicos, às 18h30, na Ilha do Retiro, terá peso distinto.
Encurralado na vice-lanterna, o Leão enxerga a partida como final de campeonato. Apesar do tabu que se arrasta desde 28 de maço de 2004, data da última vitória alvirrubra na Ilha, o Timbu entra sem pressão. São 18 jogos de jejum na casa do rival, mas nas últimas cinco rodadas do Brasileirão o Náutico somou dez pontos e o Sport nenhum sequer. A primeira consequência disso é o objetivo atual de cada equipe.
Sem marcar um gol a 644 minutos, os rubro-negros só pensam em deixar a zona de rebaixamento. Os 14 pontos têm deixado o ar rarefeito na Ilha do Retiro. Clima renovado após a chegada do técnico Waldemar Lemos. Time e torcida acreditam ser este um fator que pode ser determinante para a vitória, e que os três pontos também podem vir a ser um divisor de águas no decorrer da competição.
Em 11º, com 18 pontos, a meta do Náutico é se firmar entre os dez primeiros colocados. Psicologicamente, é impossível mensurar os efeitos de uma vitória do Náutico. Além de aumentar ainda mais a confiança do elenco alvirrubro, toda a esperança depositada pelos rubro-negros sofreria um forte abalo. Matematicamente, a diferença entre os rivais subiria para 12 pontos.
Apesar do mau momento, os torcedores do Sport confiam no retrospecto diante do rival na Ilha do Retiro. E por mais distinta que seja a situação dos rivais, o clássico costuma equilibrar as forças. É hora de analisar as causas do abismo. O maior mérito do Náutico é o conjunto, fruto do trabalho iniciado por Gallo na reta final do Pernambucano.
Kieza, Martinez, Rhayner e cia. vêm rendendo muito mais do que os reforços contratados com toda pompa pelo Sport. Cicinho, Hugo, Henrique, Felipe Azevedo, Felipe Menezes, Gilberto. A lista é enorme. Cabe a Waldemar, ex-comandante de boa parte do grupo alvirrubro, arrumar um jeito de montar o quebra-cabeça rubro-negro. O paizão agora veste vermelho e preto. Seus filhos foram adotados e têm sido bem cuidados por Alexandre Gallo.
Diario de Pernambuco
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