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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

BRASILEIRO SÉRIE A


Náutico consegue virada em cima do Figueirense em ótima atuação de Elicarlos

                          

Na noite em que volante completou 150 jogos pelo clube, Alvirrubro fez 3 a 2 nos catarinenses depois de levar dois gols



O técnico Gallo havia dito durante a semana que o jogo contra o lanterna Figueirense seria um dos mais difíceis no Brasileirão. Parecia soar como blefe ou como discurso meramente político. A verdade é que, ontem, o Náutico realmente penou para vencer os catarinenses. Foi umas das vitórias mais difíceis conquistada nos Aflitos nesta Série A. Contrariando os prognósticos, os visitantes abriram dois gols na primeira etapa, com falhas do sistema defensivo e do goleiro Gideão - ironicamente, alvos de recentes elogios.

O Timbu, porém, voltou diferente no segundo tempo. Rogerinho deu um novo gás ao time e, em uma noite inspirada de Elicarlos, que fazia o seu jogo número 150 pelo clube, o Alvirrubro conseguiu a virada em 3 a 2. Agora há quatro partidas sem perder, a equipe começa a ratificar de vez a sua evolução no Campeonato Brasileiro.

O Náutico tentou impor o seu ritmo de jogo já no início da partida. Não demorou muito para chegar de forma perigosa. Com um minuto de meio, Kim, substituindo Kieza, recebeu lançamento, entrou sozinho na grande área e sofreu um pênalti duvidoso do goleiro Wilson. Araújo, no entanto, desperdiçou. Bateu sem força, no lado direito do arqueiro, que pegou a bola sem grandes dificuldades. Aos oito, o mesmo Araújo teve outra chance, numa cabeçada. O golpe no Timbu veio cinco minutos depois. Através de um levantamento da esquerda de Fernandes na área alvirrubra, Marlon acabou atrapalhando a visão de Gideão. Ele "bateu roupa" e Caio, no rebote, ficou livre para abrir a contagem: 1 a 0. O gol pareceu ter deixado os alvirrubros atordoados.

O ímpeto inicial do Náutico foi efêmero. A equipe começou a se perder em campo, ofensiva e defensivamente. Com 19 minutos, a zaga pernambucana errou na marcação. O lateral Elsinho aproveitou-se e partiu para jogada individual na ponta direita. Rolou para Aloísio na grande área, e o atacante finalizou no lado direito de Gideão: 2 a 0. O Náutico até que tentou reagir em seguida. Aos 25, por exemplo, Souza chutou de longe e Wilson pegou no susto. Esbarrando na marcação do Figueira, tinha que tentar chutes de longe e nas bolas paradas. Era pouco para um time que havia entrado em campo como franco favorito contra a então lanterna da competição.

Quase a situação piorou para o Timbu. Em mais uma cochilada da defesa, Aloísio fintou o perdido Marlon e bateu cruzado, raspando a trave esquerda. A torcida alvirrubra já começava a mostrar insatisfação nas arquibancadas. A primeira etapa do duelo terminou sem o Náutico esboçar nada, além de uma finalização errada de Patric, em que foi, por sinal, assinalado impedimento.

Na volta para o segundo tempo, o treinador Alexandre Gallo tentou inverter a situação. Queria tornar o time mais veloz com as entradas de Lúcio e Rogerinho. Com pouco tempo, tirou também o zagueiro Marlon, que seguia falhando bastante. As alterações funcionaram e o Timbu conseguiu virar o palcar. Graças, também, a um jogador que parecia predestinado ontem. No seu 150º jogo com a camisa alvirrubra, Elicarlos, aos 13, diminuiu: 2 a 1. A noite era do volante. Com 19 minutos, o cabeça de área aproveitou uma furada do zagueiro Edson e deixou tudo em pé de igualdade: 2 a 2.

A verdade é que os visitantes ficaram abatidos desde o primeiro gol do Náutico. Logo na sequência, Martinez e Patric quase puseram os mandantes em vantagem. No entanto, Wilson fez duas defesas incríveis, impedindo o terceiro gol. Não demorou para acontecer a virada, que já estava sendo desenhada. Após cobrança de falta, aos 29, Souza dominou no peito e chutou com força: 3 a 2. O Náutico arrefeceu o jogo, corrigiu as falhas defensivas e não precisou de muito para segurar o já desestabilizado Figueirense.

Náutico
 3 
Gideão; Patric, Marlon (Ronaldo Alves), Jean Rolt e Douglas Santos (Lúcio);
Elicarlos, Souza e Martinez; Rhayner, Kim (Rogerinho) e Araújo. Técnico:
Alexandre Gallo.

Figueirense
 2
Wilson; Elsinho, Canuto, Edson e Hélder; Diogo (Roni), Jackson, Claudinei e
Fernandes (Almir); Caio e Aloísio (Doriva). Técnico: Abel Ribeiro (interino). 


Estádio: Aflitos (Recife-PE)
Árbitro: Wágner Reway/MT
Assistentes: Márcio Eustáquio Santiago (FIFA/MS) e Guilherme Dias Camilo (MG)
Gols: Caio (Figueirense, aos 13 do 1ºT) e Aloísio (Figueirense, aos 19 do
1ºT), Elicarlos (Náutico, aos 13 do 2ºT)
Cartões amarelos: Wilson, Claudinei, Diogo e Caio (Figueirense); Rhayner,
Marlon e Jean Rolt (Náutico)
Cartão vermelho: Roni (Figueirense)
Público: 12.262
Renda: R$ 187.225
 Diario de Pernambuco

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