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sábado, 2 de junho de 2012

SPORT - QUEM NÃO TEM CÃO, CAÇA COM GATO


Na base do improviso

Sem conseguir encontrar um meia de criação, Sport deve recorrer aos volantes

 Diario de Pernambuco
Nem mesmo os mais pessimistas imaginaram que o Sport enfrentaria tanta dificuldade em contratar um meia. Para o desespero de boa parte da torcida, os obstáculos parecem ser intransponíveis. Salários altos, multas rescisórias milionárias e até questões pessoais inviabilizaram os acertos. Diante deste cenário, a comissão técnica parece começar a considerar a possibilidade de não contar com um “camisa 10”. Para tanto, a ideia é adaptar o time a uma proposta onde os volantes terão um papel fundamental na criação das jogadas.
Desde a dispensa de Marcelinho Paraíba, o elenco rubro-negro ficou sem um meia sequer. A ideia era encontrar um substituto antes mesmo da chegada do novo treinador. Entretanto, os dirigentes deram de cara com uma realidade ainda mais dura que os seus temores. Com o mercado inflacionado, encontrar um jogador de qualidade para o setor de criação e que se encaixe na realidade financeira do clube é uma tarefa das mais árduas.
Há algum tempo, as equipes nacionais passaram a competir não apenas com o mercado europeu. Cada vez mais, a Ásia passa a ser um destino frequente dos meias brasileiros. Isso refletiu na valorização das alternativas. Os jogadores de idade mais avançada ou que não tiveram muito êxito nas últimas temporadas também apresentaram propostas consideradas fora da realidade do clube.
Quando resolveu investir em estrangeiros, a dificuldade foi imposta por seus clubes. Caso do colombiano Macnelly Torres, que teve o passe estipulado em cinco milhões de dólares pelo Nacional-COL. A investida em Juninho Pernambucano também foi infrutífera. Apesar de o Sport ter equiparado o salário que o atleta recebe no Vasco, onde não vive um grande momento, o meio-campista alegou questões pessoais para rejeitar a oferta.
Ontem, o presidente Gustavo Dubeux revelou que o clube está muito perto de um acerto com um jogador para o setor. Entretanto, segundo informações, o atleta teria características mais compatíveis com a posição de segundo volante. Semelhantes às de Marquinhos Paraná e Rivaldo, que já estão no clube. Por isso, a tendência é de que Vágner Mancini precise optar por uma estratégia semelhante à utilizada contra o Santos, com volantes que, além de marcar, tenham também qualidade na distribuição de jogadas. Quem não tem cão…

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