A angústia da torcida do Santa Cruz
Paralisação da Série C do Brasileiro e falta de jogos causa descontentamento cada vez maior
JC Online
Quando soou o apito final do árbitro Sandro Meira Ricci, naquele 13 de maio histórico, a torcida do Santa Cruz caiu na festa. A partir dali, a alegria da conquista do bicampeonato pernambucano encheu os corações dos tricolores. Além disso, existia a confiança de que o bom momento renderia um início arrasador na Série C do Campeonato Brasileiro. Com as expectativas em alta para o Nacional, os tricolores se prepararam para a estreia, que seria no dia 27 de maio. A empolgação, para a partida, no entanto, foi em vão.
No dia 23 do mês passado, a Justiça impediu o início da Terceirona. Desde então, as notícias do Santa Cruz são fundamentadas nos bastidores. E elas são sempre ruins para a torcida, criando uma angústia que, a cada dia, parece mais difícil de se dissipar.
“É frustrante demais. Estou doido para ver um jogo. Já vamos para treinos, imagina as partidas. Essa demora toda tira a motivação dos próprios jogadores. Tenho medo que alguém saia antes de ter uma definição”, afirmou o motoqueiro Maurício Oliveira, 37 anos.
Outro tricolor insatisfeito é o ajudante de entregas Fabson Lemos, 32. “O culpado disso tudo é a CBF, que não toma uma atitude. Um time só (Treze-PB) prejudica todos e nada é resolvido contra ele.”
Na internet, a aflição dos torcedores é cada vez maior. No twitter, tricolores insistem em repetir as hashtags #PuneoTrezeCBF e #CBFSemVergonha para demonstrar seu descontentamento e protesto. Sem partidas oficiais, os torcedores matam um pouco das saudades com os jogos-treino e amistosos no Arruda.
A paralisação teve um sabor ruim ainda maior pra estudante Camila Rodrigues, 21, estudante. Ela assistiria sua primeira partida no Arruda na estreia coral na Série C. Agora, espera uma nova data para poder ter a experiência. “Só posso esperar. E a espera está grande”, revelou. “Quando vamos voltar à Série B acontece isso”, se queixa o também estudante Danilo Rafael, 18.
Na sexta-feira passada, até o treinador Zé Teodoro adotou um tom mais crítico quanto à paralisação. A paciência no Arruda, pelo visto, está cada vez menor.
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