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terça-feira, 1 de maio de 2012

CLÁSSICO DAS MULTIDÕES


Reencontro marcado

Santa e Sport voltam a decidir o Estadual motivados por sentimentos distintos

 Diario de Pernambuco


De um lado, o sentimento de revanche. A oportunidade de vingar a final do ano passado, quando o Sport viu o sonho do hexa escapar. Do outro lado, o desejo de autoafirmação. A chance de fincar mais um pilar fundamental na reconstrução do Santa Cruz. De conquistar o bicampeonato estadual em cima do maior rival. Pelo segundo ano consecutivo, Sport e Santa Cruz vão decidir o título do Campeonato Pernambucano pela 22ª vez - o Sport venceu 12, o Santa 9. Uma final entre as duas melhores equipes da competição - ou menos ruins -, que coloca frente a frente ídolos rivais: Dênis Marques e Marcelinho Paraíba, artilheiros do PE2012 com 14 gols.

O Mais Querido encara a segunda decisão consecutiva em um cenário diferente do ano passado, quando terminou a primeira fase no primeiro lugar e apostou em peças desconhecidas do futebol local. A equipe de Zé Teodoro, neste ano, mudou de cara. O primeiro sinal foi a política de contratações. Jogadores em momentos complicados da carreira foram trazidos. Alguns, como Carlinhos Bala, estão devendo.

Outros, contudo, assumiram a responsabilidade e levaram o Santa Cruz a crescer durante a competição. Além de Luciano Henrique, Dênis Marques virou referência do setor ofensivo coral. Saiu da quase aposentadoria para retomar o espírito de matador. Com o crescimento dessas peças, o treinador Zé Teodoro, enfim, acabou com o rodízio na escalação e conseguiu dar uma cara ao time coral. Chega, mais uma vez, forte e com um ambiente interno totalmente favorável.

Já o Sport encara mais uma decisão cercado de desconfiança, contradizendo os números. Os motivos para isso se encontram dentro e fora de campo. Mazola ainda não conseguiu fazer a equipe rubro-negra engrenar e jogar o futebol no nível Série A que os torcedores desejam. As laterais não funcionam. O time depende excessivamente de Marcelinho Paraíba. Quando o camisa 10 não funciona, o Sport vai mal e a pressão volta a cair sobre os ombros do treinador.

Somada ao quesito tático e às falhas na montagem do elenco, a indisciplina de alguns atletas. Mais uma vez, a postura de alguns jogadores fora de campo tem conturbado o ambiente na Ilha do Retiro. O último exemplo veio após o clube rubro-negro garantir uma vaga na decisão, o mal-estar criado por conta das declarações de Jael e da resposta de Mazola. Um princípio de incêndio que precisa ser rapidamente dissipado.

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