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terça-feira, 3 de abril de 2012

SANTA CRUZ - A BASE É TUDO


Santa Cruz chega à melhor fase sem repetir escalação, mas com base definida

Ricardo Fernandes/DP/D.A Press
Agora, coletes do time titular têm destino certo no treinamentos do Santa Cruz

Técnico Zé Teodoro deixou rodizío de lado no time coral e deu uma cara à equipe. Apenas a zaga ainda passa por ajustes na reta final do Campeonato Pernambucano

 Diario de Pernambuco

A caminhada do Santa Cruz até chegar ao melhor momento no Campeonato Pernambucano revela um detalhe curioso. A máxima do futebol de que é preciso dar continuidade à equipe para alcançar o melhor nível dentro das quatro linhas não cabe no Tricolor. Nos 20 jogos disputados na competição, o time coral entrou em campo mostrando 20 faces. A escalação ainda não foi repetida de uma rodada para outra. Para o próximo duelo, o cenário se repetirá. Afinal, o lateral-esquerdo Renatinho, os zagueiros Everton Sena e Leandro Souza, além do volante Anderson Pedra, estão suspensos e não enfrentam o lanterna América.

Ao contrário do Estadual do ano passado, quando montou um time titular forte com 11 caras que se tornaram conhecidas, Zé Teodoro modificou o planejamento coral junto como uma nova seleção nas contratações. Com jogadores que buscam recuperar o melhor momento da carreira, o treinador tricolor passou a mudar a escalação de acordo com o adversário. Sofreu. Virou vítima do próprio rodízio. Foi vaiado. Teve a cabeça a pedida pela torcida. Viveu o pior momento no clube.
Até que veio a eliminação para o Penarol/AM, pela Copa do Brasil. Em vez de se abater, o time engrenou. Venceu sete jogos seguidos no Pernambucano. É verdade que, em alguns deles, não jogou bem. Mas, nesse momento, é possível observar que as constantes mudanças táticas foram praticamente deixadas de lado.
O meio-campo e ataque ganharam corpo. Memo (sem a bola faz a função de zagueiro), Anderson Pedra, Weslley e Luciano Henrique passaram a comandar a transição das jogadas e levá-las para o setor ofensivo formado por Geilson e Dênis Marques. Das sete vitórias seguidas, por sinal, a dupla de ataque foi repetida em seis ocasiões. Apenas na vitória de 3 a 0 sobre o Belo Jardim, Geilson, com problemas musculares na coxa direita, cedeu lugar para Flávio Caça-Rato.

As mudanças, ainda assim, seguiram no time em outro setor. Todas foram aliadas à três fatores. Contusão, suspensão e opção técnica. Dessa vez, a maior parte das modificações se concentrou principalmente na defesa depois do melhor momento da retaguarda coral. Nos três primeiros jogos da sequência invicta, diante do Serra Talhada, Belo Jardim e Salgueiro, o Santa Cruz saiu de campo com vitória e sem tomar gols. Nessas partidas, a zaga foi formada por William Alves e Leandro Souza. Esse último, porém, voltou a sofrer dores no ombro e caiu de rendimento. 

Com isso, forçou Zé Teodoro a buscar um novo ajuste. Na sequência, William Alves ganhou a companhia de Everton Sena em duas ocasiões consecutivas. Depois, diante do Porto, a defesa passou a ser composta por três zagueiros: William Alves, Vágner e André Oliveira. Até que chegou o Clássico das Emoções com o Náutico e o treinador coral apostou em uma nova parceria formada por Everton Sena e Leandro Souza.

Portanto, na reta final do Estadual, Zé Teodoro busca apenas o ajuste em apenas um setor do elenco. Agora, contudo, as mudanças acontecem por causa da má fase téncina das peças defensivas. Situação, aliás, que não se repete nas laterais.
Após a saída de Dutra para o Japão, Renatinho tomou conta do setor e virou uma das maiores armas do Tricolor. Na direita, o revezamento entre Diogo e Eduardo Arroz acabou com o primeiro sendo o escolhido. Enfim, Zé Teodoro retomou a postura do ano passado. Passou a dar uma cara ao time coral. A consequência todos já sabem. A equipe voltou a ser competitiva e chega forte em busca do bicampeonato da competição.

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