O homem forte de Zé Teodoro
Sempre ao lado do técnico do Santa Cruz, Sandro tem participação efetiva no bom momento tricolor
Diario de Pernambuco
A recente história de renascimento do Santa Cruz se confunde, em vários pontos, com a chegada de Sandro Barbosa. Misto de auxiliar técnico e manager no Tricolor, o ex-atleta coral costumava afirmar, ainda como companheiro dos jornalistas do Superesportes, na bancada do programa diário da TV Clube, que “se eu entrar lá, coloco o clube de pé outra vez.” Desde que, enfim, voltou ao Arruda, no fim de 2010, encontrou a oportunidade de provar o que dizia. Atuando propositadamente como coadjuvante de um time até então vitorioso, Sandro tem na sua honestidade e parceria “extra-profissional” com os atletas o trunfo para garantir um posto diferente no futebol: o de amigo.
Depois da eliminação na Copa do Brasil, muito se falou em uma possível mudança no comando do Tricolor. Na versão de Sandro, tal fato seria um desastre para o clube. “Muitos atletas deixariam o Santa Cruz, pois acreditam no nosso trabalho”, garante. Na partida seguinte à triste derrota para o Penarol-AM, a vitória sobre o Belo Jardim marcou uma reviravolta no time. Atletas como Carlinhos Bala, Dênis Marques e Memo dedicaram o êxito ao técnico Zé Teodoro e a Sandro.
Os bastidores coral justificam o agradecimento a um “mero” auxiliar técnico. Afinal, é Sandro quem, muito além de falar a língua dos jogadores, está ao lado dos atletas dando garantias de tranquilidade, e o mais importante: fazendo o clube cumprir as obrigações. Desde a sua chegada, os salários são pagos em dia no Arruda. Sandro se orgulha ao pontuar tal fato.
Com ele na função de auxiliar, Zé Teodoro ganhou além de um companheiro nas decisões dentro de campo, uma voz que fala diretamente com quem manda no clube. Sandro conversa diariamente com o presidente Antônio Luiz Neto. Tem participação direta nas contratações. Quem entra e quem sai. Ninguém escapa de uma (longa) conversa com aquele que pode ser denominado um “faz tudo” tricolor. E para fazer tanto, e tão discretamente, o interessante é que o ex-capitão coral não tem sequer um contrato com o clube. Ele diz que quer ter a liberdade de sair quando quiser ou quando o presidente quiser, a qualquer hora.
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