No Sport, apenas o técnico Mazola Júnior é do frevo
Mazola é 'veterano' na folia (Foto: Aldo Carneiro) GLOBOESPORTE.COM
Ao contrário do treinador, atletas revelam pouco conhecimento sobre o Carnaval pernambucano e querem distância da folia
O carnaval pernambucano faz parte da tríade de momo mais importante do País, junto com Bahia e Rio de Janeiro. Se os baianos tem o axé e os cariocas as escolas de samba, no Recife e em Olinda o frevo é ritmos que dominam a folia nas ruas. Mas apesar da tentação de cair na festa, grande parte dos jogadores do Sport vão preferir ficar distante dos festejos.
- Meu carnaval é mais tranquilo, sou um cara do interior paulista, pacato. Pouco sei do que acontece aqui, mas soube que um bloco, como é o nome? Aquele, que é grande (pausa), ah o Galo, Galo da Madrugada - disse o zagueiro Bruno Aguiar, mostrando a intimidade carnavalesca de quem nasceu na pequena cidade de Amparo, a 138 quilômetros de São Paulo.
Outro "forasteiro" do elenco do Sport, o lateral-esquerdo Renê é piauiense. Mas apesar de estar um ano no Recife, pouco conhece da cidade.
- Não tenho a mínima ideia. Saio de vez em quando para o shopping e só - frisou o rapaz de 19 anos, timidamente.
Mas há na Ilha do Retiro quem gosta de Carnaval e vai aproveitar a folga do final de semana para brincar. Paulista, mas com os festejos cariocas no currículo, pelos anos de Fluminense, o volante Diogo é folião de carteirinha. Conhece o Galo da Madrugada, vem acompanhando pela televisão as prévias dos blocos pernambucanos, mas pelo pouco tempo no Estado e pela ligação que tem com o Rio de Janeiro, o Carnaval no Recife vai ficar para outra oportunidade.
- Vou aproveita para ir para o Rio. Vou acompanhar o desfile das escolas de samba. Tenho uma queda pela Mangueira. É a minha escola. Vou me encontrar com os amigos. Quando jogava pelo Fluminense, ia com os companheiros de clube para os blocos de rua, que é parecido com o daqui. E me diverti perto da minha casa, vendo o pessoal sair fantasiado para as prévias daqui – afirmou.
Mas como no futebol a alcunha de professor é direcionada ao técnico do time, dos "forasteiros" do Sport, o treinador Mazola Júnior é quem tem mais conhecimento do período de momo pernambucano.
- Ano passado fui ver o Carnaval no Recife Antigo. Muito bonito, fiquei encantado com as marchinhas e as roupas coloridas. As marchas, principalmente, me remetem aos carnavais antigos, me trazem nostalgia. Eu era folião pesado, daqueles que começavam na sexta-feira à noite e só parava na terça-feira. O Carnaval daqui me faz lembrar esse tempo – revelou.
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