COPA DO MUNDO 2014 - GREVE ILEGAL

Justiça do Trabalho considera ilegal greve de operários da Arena PE

Funcionários da Arena PE precisam voltar à obra
sob pena de multa (Foto: Divulgação/Arena PE) GLOBOESPORTE.COM

A decisão foi dada na tarde desta quinta-feira pelo pleno do Tribunal Regional do Trabalho de Pernambuco (TRT-PE)

Por unanimidade, o pleno do Tribunal Regional do Trabalho de Pernambuco (TRT-PE) considerou a greve dos trabalhadores da Arena Pernambuco como ilegal. Os 19 desembargadores do Tribunal decidiram que os operários devem retornar ao batente nesta sexta-feira, no primeiro turno, ou seja, às 8h, com pena de R$ 5 mil por dia caso a categoria não acate a decisão da Justiça. A obra estava parada desde o dia 25 de janeiro.

- Eles não cumpriram com o que foi acertado no dia 1º de agosto. Eles têm um ano de compromisso acertado com a construtora, na negociação dos seus direitos. A contratante vem realizando todo o combinado. Se não voltarem correm o risco de serem demitidos por justa causa - explicou o procurador do Ministério do Trabalho, Manoel Goulart, lembrando da primeira greve em que os trabalhadores conseguiram direitos como ajuste salarial e incentivo financeiro relativo à produtividade de cada empregado.

Relatado pela desembargadora Dinah Figueredo e revisado pela desembargadora Josélia Moraes, o processo da greve tinha como reivindicações mais um aumento salarial e do vale alimentação e melhores condições do refeitório e de transporte. A paralisação dos operários da Arena Pernambuco foi iniciada na quarta-feira da semana passada.

Foi uma greve surgida de dentro para fora, ou seja, não foi programada pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem (Sintepav). Após o revés, o Sindepav irá recorrer da decisão do pleno com a instância superior, mas primeiro terá que acalmar os ânimos dos seus associados.

- Os operários estão revoltados e talvez desconsiderem essa resolução pelo estado de ânimos. Mas vamos conversar com os trabalhadores, pois temos que cumprir a decisão do tribunal. Se não quiserem, nós, do sindicato, levaremos a multa. Desde o início orientamos para ter calma em relação a essas reinvindicações, mas mesmo assim recorremos - disse o presidente do Sintepav, Aldo Amaral.