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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

COPA DO MUNDO 2014 - ATRASADO


Nenhum barulho

Construção da Arena Pernambuco chegou a 32%. Paralisação deixa cronograma mais apertado

 Diario de Pernambuco

Janeiro foi um mês distinto em relação à preparação do estado para a Copa do Mundo de 2014. Marcou o primeiro evento oficial da Fifa em Pernambuco visando o Mundial, com o seminário sobre as Fan Fests, que definiu o Marco Zero como polo oficial. No entanto, o primeiro mês do ano ficará marcado mesmo como o período com a maior paralisação nas obras da arena, em São Lourenço da Mata. Nos últimos sete dias do mês, nada de máquinas ligadas, guindastes erguendo enormes vigas de concreto ou caminhões de areia circulando nos 52 hectares da área do futuro estádio. Os 2.397 operádios tiraram os capacetes azuis e iniciaram uma paralisação por melhores salários, criando um impasse jurídico com a construtora responsável pela obra, a Odebrecht.

O fato preocupa, e muito, o novo cronograma adotado pelo comitê pernambucano para que o Recife seja confirmado como subsede da Copa das Confederações do ano que vem. O anúncio será feito pela Fifa em junho. Em março, o secretário-geral da entidade, o francês Jérôme Valcke, fará a sua primeira inspeção na Arena Pernambuco. A visita, na prática, deve decidir o futuro da candidatura recifense, escolhida para o torneio-teste do Mundial de forma condicionada, justamente por causa do andamento das obras. De novembro a janeiro, o avanço físico do estádio evoluiu de 22% para 32%. Até junho, a expectativa dos gestores pernambucanos é chegar a pelo menos 70%.

Para costurar a volta das atividades e evitar uma nova greve no calendário cada vez mais enxuto, uma intensa negociação vem sendo realizada. Além da questão finaceira, porém, o sindicato dos operários aponta a precariedade nas condições de trabalho como motivo para a paralisação. “Estão nos pagando só R$ 876 (por mês), mas a gente teria que receber R$ 990. Mesma coisa com o cartão-alimentação. No lugar de receber R$ 200, que seria o certo, ganhamos R$ 80. Fica difícil até comer”, disse um funcionário ao Superesportes, preservando a identidade. O impasse acabou com uma ação no Tribunal Regional do Trabalho de Pernambuco, uma vez que a Odebrecht entendeu a greve como ilegal, pois estava em vigência a convenção coletiva de setembro do ano passado, com validade até julho deste ano. Por sinal, o documento havia sido protocolado no Ministério do Trabalho.

No acordo em vigor , consenso no valor dos salários dos operários, cesta básica e outros benefícios, além do pagamento em dia da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Em nota, a construtora disse: “Visto a sua conduta idônea e com a certeza de sempre ter atendido ao compromisso firmado com os trabalhadores, a empresa irá aguardar a avaliação do TRT e espera o pronto restabelecimento dos trabalhos”.

Apesar da última greve, o engenheiro responsável pela obra, Jayro Poggi, ressalta que a execução do projeto chegou ao edifício-garagem, anexo ao estádio e com as fundações estabelecidas. “Entramos em 2012 reforçando os acessos à arena.”

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