“25 mil para retirar as matérias do ar e não depor se for convocado, nem à polícia muito menos no Flamengo”
Foi com essa frase que um intermediário do empresário Carlos Vilarinho, sócio de V(W)anderlei(y) Luxemburgo, também do mesmo ramo, iniciou uma conversa com o dono deste espaço, que, a princípio, havia sido marcada para que novas denúncias fossem feitas.
Para provar que falava em nome de Vilarinho, chamou-o pelo rádio, dizendo estar com o “cliente do carro de R$ 20 mil”.
“Tudo bem, então, depois me liga”, respondeu o interlocutor.
Após dezenas de negativas de nossa parte, e insistência do outro lado, percebi que a única maneira de sair do local, seria “fingir” aceitar o “agrado”.
Peguei um pacote com timbre do banco Santander e disse que precisava ir ao banheiro para guardar o montante, porque não poderia sair na rua com envelope para não chamar a atenção.
Entrei, retirei a quantia do envelope, rapidamente fotografei, e depois joguei tudo dentro de um armário.
Com papel higiênico fiz volume nos bolsos, e despedi-me, aparentemente sem deixar suspeitas, pegando o primeiro taxi que vi pela frente.
Ufa ! Um alívio.
Algumas horas depois passei a receber seguidos telefonemas do telefone de Carlos Vilarinho, que nem me dei mais ao trabalho de atender.
É isso.
Vida de jornalista é assim.
Correr risco para derrubar uma quadrilha de abutres do futebol, e mais ainda para se desvencilhar de uma proposta indecente.
Pior ainda é constatar, in loco, novamente, o quão imundo – e mafiosos, são os bastidores do futebol.
E nas mãos de quem está um dos maiores clubes do mundo.
Confira abaixo fotografia do dinheiro do “suborno”
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