'Comparada' a Marcelo Rios, chilena é única transexual no ranking da WTA
Andrea Paredes em quadra: transexual no ranking da WTA (Foto: Divulgação)
Andrea Paredes, que disputou torneio no Brasil, é a 1.208ª do mundo
A chilena fez sua operação para mudança de sexo em outubro de 2000, tornando-se tenista profissional em 2009. Aos 40 anos, Andrea ainda não venceu no circuito. Mas fez de 2011 seu ano mais ativo. Patrocinada por uma empresa chilena, ofereceu uma verba extra a três pequenas competições e pôde somar três pontos no ranking. Foram duas competições na Argentina (Buenos Aires e Rosário) e uma no Brasil, em Itaparica. Em todas, perdeu na primeira rodada.
A chilena é a segunda transexual no circuito feminino. Nos anos 70, o americano Renee Richards tentou entrar em competições profissionais, mas era impedida. Em 1977, no entanto, a Corte Suprema de Nova York permitiu a entrada. Aos 43 anos, venceu um torneio e chegou a ser a número 22 do mundo. Quando largou as raquetes, virou treinadora
Até 2000, o chileno Ernesto Paredes se arriscava em quadra, sem sucesso. Hoje, ainda sem vitórias, encara uma carreira bem mais feliz no tênis. Ele, no entanto, mudou de nome. E de sexo. Agora, se chama Andrea e é a única transexual no ranking da WTA, ocupando a 1.208ª posição. Apesar da falta de talento, sobra confiança.
- Algumas pessoas me comparam ao Marcelo Rios (ex-tenista chileno que chegou a ser líder do ranking da ATP) - disse Andrea, que, nesta semana, teve sua história contada em jornais europeus, como o italiano "La Gazzetta dello Sport" e o alemão "Bild".
A chilena é o segundo caso de transexualidade da história do tênis. Há 30 anos, o norte-americano Renée Richards viveu um caso parecido. Depois de anos tendo negada a sua participação no circuito feminino, a Corte Suprema de Nova York o deu razão em 1977. Aos 43 anos, estreou no tênis, ganhou um torneio e chegou a ser a número 20 do mundo. Mais tarde, foi técnica de Martina Navratilova em duas campanhas que terminaram com títulos em Wimbledon.
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