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domingo, 25 de dezembro de 2011

FUTEBOL NACIONAL- TREINADOR RECUPERADO


Depois de AVC, Ricardo Gomes está quase recuperado para voltar aos campos

Especialistas em reabilitação neurológica afirmam que Ricardo Gomes não corre perigo ao reassumir o trabalho de treinador do Vasco após se recuperar de um AVC, desde que siga as orientações médicas

 Correio Braziliense

Rio de Janeiro — Desde 28 de agosto, a torcida do Vasco incorporou aos gritos de arquibancada o nome de Ricardo Gomes. Atingido por um AVC (acidente vascular cerebral) durante o clássico contra o Flamengo, o comandante cruz-maltino sensibilizou profissionais do futebol em todo o país e ganhou apoio irrestrito. Quase quatro meses depois, o treinador está praticamente recuperado, não apresenta sequelas e já conta com o retorno ao trabalho em 2012. Mas será recomendável a volta dele à atividade de técnico, uma vez que o problema de saúde ocorreu pela segunda vez?

Questionados pelo Correio, especialistas em reabilitação neurológica deram sinal verde para o comandante fazer o que mais gosta. De acordo com eles, o risco de sofrer um novo AVC existe. No entanto, se o paciente respeitar os cuidados necessários, o retorno ao trabalho não representa perigo. “Não vejo problema algum ele voltar a ser técnico. Desde que a pressão arterial esteja controlada, e ele faça os acompanhamentos periódicos, a vida segue normalmente”, garante Fábio Cardoso da Silva, professor da área.

Depois de ponderar que Ricardo Gomes terá de seguir à risca a orientação médica, a fim de não ser surpreendido por um novo acidente vascular, a especialista Tissi Freitas é incisiva: voltar às ocupações cotidianas representa o melhor caminho para pessoas após a recuperação de um AVC. “Às vezes, tirar o paciente da atividade que ele exercia é até pior. Recomenda-se que ele possa fazer o que gosta, o que o faz se sentir bem”, reforça.

Com o regresso à profissão previsto para janeiro — no máximo, fevereiro —, Ricardo Gomes estará em seu melhor momento de recuperação. Embora o treinador não apresente sequelas do último acidente, os três primeiros meses de 2012 serão decisivos para atestar a real reabilitação dele. “O ápice da recuperação de um paciente que sofreu AVC é o sexto mês. O que ele conseguir recuperar de movimentos até lá é praticamente o que ficará”, diz Fábio Cardoso.

Estresse preocupa


Embora mantenham o consenso de que o melhor para o técnico Ricardo Gomes é o retorno aos gramados — desde que a pressão arterial esteja controlada —, os especialistas alertam para o perigo futuro. “O que não pode é ter um estresse fora do comum, o emocional ficar muito alterado. Isso é perigoso para quem já teve dois AVCs”, alerta Tissi Freitas.

“O maior risco, nesse caso, é o excesso de pressão. Por ser uma profissão em que se exige muito do emocional, pode ser um problema. Mas isso é relativo. Um executivo pode passar pelo mesmo nível de estresse de um técnico de futebol. Por isso, o importante é que ele siga os protocolos indicados pelo médico”, destaca Fábio Cardoso.

Fala, comandante!

“Eu ainda não me recuperei totalmente, mas, quando isso acontecer, eu vou voltar. Com 47 anos e aposentado? Não dá. Não vou ficar em casa com essa idade. Eu voltarei como um treinador normal. Isso de ficar na cabine pode ser bom, mas não faz parte da nossa cultura”, disse o técnico do Vasco, em entrevista à Revista ESPN, na edição de dezembro

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