A polêmica do cadastramento das organizadas
Violência da torcida do Sport, que quebrou ônibus na 32ª rodada da Série B, reacende assunto. Escândalo político reprimiu avanço em nível nacional
- Diario de Pernambuco
Depois da derrota para o Goiás, vândalos lançaram pedras no ônibus do Sport |
Esse foi o cenário do último destaque negativo atribuído a uma torcida organizada no estado. Neste caso, a Jovem. O fato reabriu o debate sobre o que deve ser feito para a violência nos jogos de futebol. Autoridades e especialistas apontam o cadastramento dos filiados à essas facções como o primeiro passo. Mas por que ele ainda saiu do papel?
Ainda na Era Lula, o primeiro passo para combater a situação começou a ser dado até que tropeçou em um escândalo político. No final do ano passado, o Ministério dos Esportes iniciou um projeto para o cadrastamento dos filiados às torcidas organizadas. Nada menos do que R$ 6,2 milhões foram liberados para levantar os dados de 500 mil pessoas visando à Copa do Mundo de 2014.
A verba foi repassada ao Sindicato Nacional das Associações de Futebol (Sindafebol), gerido pelo ex-presidente do Palmeiras, Mustafá Contursi, sem qualquer tipo de concorrência. A alegação foi de que a entidade era “parceira ideal” e “tecnicamente capaz de gerir a execução”.
O tempo, contudo, mostrou justamente o contrário. Na prática, nada foi feito. Com isso, criou-se um imenso mal-estar ainda na gerência do ex-ministro Orlando Silva. O rompimento do vínculo, mesmo com grande repercussão nacional, só veio no começo deste mês com o novo comandante da pasta Aldo Rebelo. O imbróglio acabou com a divulgação de que o dinheiro foi devolvido integralmente ao estado.
Assim, o cadastramento das torcidas organizadas continua como um projeto. O consultor do ministério para o projeto Torcida Legal, Alexandre Limeira, informa que a entidade ainda procura uma nova saída para a maneira como será realizada a identificação das 500 mil pessoas.
“Apresentamos algumas alternativas para o ministro Aldo. Ele ainda tomando ciência não só disso, mas de outro projetos”, afirma. “O cancelamento houve porque o sindicato manifestou que não tinha condições técnicas para fazer cadastro em nível nacional. Agora, levantamos algumas possibilidades de cadastramento e algo pode até ser feito diretamente com os ministérios públicos, mas ainda não há nada definido”, acrescenta, dando uma clara amostra de que o primeiro passo ainda está longe de ser dado.
O tempo, contudo, mostrou justamente o contrário. Na prática, nada foi feito. Com isso, criou-se um imenso mal-estar ainda na gerência do ex-ministro Orlando Silva. O rompimento do vínculo, mesmo com grande repercussão nacional, só veio no começo deste mês com o novo comandante da pasta Aldo Rebelo. O imbróglio acabou com a divulgação de que o dinheiro foi devolvido integralmente ao estado.
Assim, o cadastramento das torcidas organizadas continua como um projeto. O consultor do ministério para o projeto Torcida Legal, Alexandre Limeira, informa que a entidade ainda procura uma nova saída para a maneira como será realizada a identificação das 500 mil pessoas.
“Apresentamos algumas alternativas para o ministro Aldo. Ele ainda tomando ciência não só disso, mas de outro projetos”, afirma. “O cancelamento houve porque o sindicato manifestou que não tinha condições técnicas para fazer cadastro em nível nacional. Agora, levantamos algumas possibilidades de cadastramento e algo pode até ser feito diretamente com os ministérios públicos, mas ainda não há nada definido”, acrescenta, dando uma clara amostra de que o primeiro passo ainda está longe de ser dado.
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