FARINHA DO MESMO SACO...
Ex-inimigos, ACM Neto e Geddel se unem na Bahia
Agora eles planejam aliança para neutralizar força do governador petista, Jaques Wagner, em 2012
Adriana Vasconcelos, O Globo
Com um inimigo em comum, o governador da Bahia, o petista Jaques Wagner, dois históricos adversários políticos no estado estão prestes a fechar aliança formal para as eleições municipais do próximo ano: o líder do DEM, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), e o atual vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal, o ex-deputado Geddel Vieira Lima, do PMDB.
Com o futuro político em jogo, diante das dificuldades enfrentadas pelo DEM, ACM Neto diz não ter problema para se unir a um dos mais ferrenhos inimigos de seu avô Antonio Carlos Magalhães, que morreu em 2007. Contra o peemedebista, ele chegou a produzir um vídeo sob o título "Geddel vai às compras".
— A nossa aliança com o PMDB é realidade na Bahia. Estamos cogitando uma aliança para a prefeitura de Salvador em 2012. Os problemas de Geddel foram com meu avô. A realidade hoje é outra. Além do mais, muitos dos antigos amigos do meu avô estão com o PT — justificou ACM Neto.
— As diferenças políticas no Brasil não são capitanias hereditárias. Mesmo no auge das divergências com ACM, eu mantinha boas relações com Luis Eduardo (Magalhães, ex-deputado e filho de ACM que morreu em 1998) — emendou Geddel.
Geddel lembra que não só ele e ACM Neto reviram posições:
— Se o Wagner fez do genérico do carlismo seu vice-governador, porque eu não posso? Como não gosto de genérico, fico com o original. Ninguém me patrulha!
O genérico a que ele se refere é o atual vice-governador, Otto Alencar, antigo carlista que integrou a Arena e foi secretário da Saúde do governo de ACM.
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